segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eterna companheira

"Cada dia após tua partida
foi tortura, mas leve e sutil:
tornei-me alvo de vãs investidas
as quais recusei com pudor viril!

Hipócrita seria se não as negasse,
esquecendo juras eternas que proclamei
e perdendo-me em insubstituível impasse
cedendo às vontades que tanto abominei.

Então, Destino, dê-me tua mão!
Áspera, dura, leve, macia, fria!
Chamá-la-ei pelo teu nome, ó Solidão!

Serás companheira, serás alegria!
Pois depois dela, única paixão,
nenhuma outra mão eu desejaria!"

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