A saudade é perfume que inebria.
Acaricia-nos resquícios ausentes,
remete, entorpece, memória fria
que já não aquece o que se faz presente.
A lembrança da chama é o que fica;
mas pensamentos são metafísicos :
como o doce odor de fragrância fina,
engana os sentidos, frágeis, tísicos.
O pouco tempo se esvai em ilusão
revivendo em metade o que já foi
na esperança de reprise; solidão.
Segundos perdidos, minutos mortos.
Saudade da saudade, num futuro próximo.
Um bolo sem fim de corpos de fumaça perfumada.
[parte de] ser mulher
Há 5 anos