segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Anseio Eterno dos Corações Brutos

Uma existência por inteira
não é capaz de lapidar um coração.
E se acima não há nada que nos queira,
a busca eterna que vivemos é em vão.

Pois quando um desejo é saciado, outro aflora!
Por ele respiramos desde então
e já nada vale o anseio de outrora!
Revela-se como é bruto o coração.

E se retornos nulos não nos satisfazem,
eternamente em sangue quente rubro
angustiados em tão cruel viagem

que invariavelmente terminará em luto,
seguimos pobres em andarilhagem
no anseio eterno dos corações brutos.